SOM SINTETIZADO – Marco Schamne, Mikeias Silva

março 26, 2019 Off Por marcoschamne

Há aproximadamente 25 anos, foi criado o que veio a ser chamado sintetizador, que nada mais é do que um aparelho capaz de criar uma infinidade de timbres sonoros. Quando o instrumentista aperta uma das teclas do sintetizador, este acaba produzindo eletrônicamente a frequência correspondente junto com um grande número de harmônicos. Em seguida, estes harmônicos são amplificados e ajustados a fim de dar uma maior ou menor intensidade nesta frequência específica. A somatória de todas as freqüências de saída denomina-se “som sintetizado”. Com a finalidade de criar um som, o músico faz ajustes nas intensidades das freqüências envolvidas a fim de conseguir um timbre que o satisfaça. Porém, antes de 1985 não era possível conseguir sons contendo timbres naturais, como o do violino ou o do trompete, devido ao fato desses sons possuírem um número muito grande de harmônicos na produção de seus sons.

Com a invenção do sampler (amostrador), criou-se o caminho inverso, ou seja, este dispositivo era capaz de guardar os sons produzidos por algum instrumento musical e guardá-lo na memória. Com os conseqüentes avanços no campo da eletrônica, hoje em dia já se produzem discos e CDs totalmente compostos por sons sintetizados, imitando instrumentos musicais. Por fim, surgiu neste meio termo uma linguagem de transmissão de dados digital especialmente destinada à música denominada MIDI (do inglês “musical instrument digital interface”), que interliga qualquer instrumento musical a um sintetizador por meio de um cabo conector. Deste modo, caso já haja um registro do som de um instrumento no sampler do sintetizador – o som de uma tuba, por exemplo -, pode-se conectar outro instrumento musical que, ao tocá-lo, sairá com o timbre musical da tuba!

O som ou música digitalizada (arquivos de som ou música que o computador pode tocar) pode ser de dois tipos:

Som sintetizado (MIDI: Musical Instrument Digital Interface) – produzido através de um sintetizador chamado MIDI.
Áudio digital – representação digital de um sinal analógico.

Exemplo: 10 minutos de música nos dois formatos gera valores muito diferentes, nomeadamente:
Em MIDI – aproximadamente 200 Kb;
Em Áudio digital de boa qualidade – aproximadamente 106 Mb (se for WAV) ou 10 Mb (se for MP3).

Instrumentos MIDI – exemplos:
teclados sintetizadores;
módulos sintetizadores;
computadores com portos MIDI (com ou sem sintetizadores internos);
módulos seqüenciadores;
instrumentos acústicos com transdutores.
baterias eletrônicas;
módulos de efeitos (processadores de sinais);
controladores (de volume, de afinação etc.);
equipamentos de áudio com controle MIDI;
equipamentos teatrais com controle MIDI.

Principais campos das mensagens MIDI:
código de operação;
canal;
código da nota (número na escala musical);
intensidade sonora (“velocidade”, na terminologia MIDI).

Vantagens dos arquivos MIDI:
tamanho muito menor que os WAV;
captam com precisão a expressão musical;
permitem alterações dos timbres;
baixo consumo computacional: apropriados para aplicações de tempo real.

Problemas dos arquivos MIDI:
reproduzem apenas música (inadequados para voz e efeitos);
a qualidade do som depende do sintetizador empregado;
têm dificuldades com música não-convencional.

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