O que é o Bitcoin e como ele se difere das moedas fiduciárias?
novembro 9, 2022O Bitcoin foi criado para ser um sistema de dinheiro eletrônico, descentralizado e ponto a ponto, eliminando a necessidade de qualquer intermediário nas transações, sendo assim, ele pode ser enviado de pessoa para pessoa.
Ao contrário das moedas fiduciárias, a moeda bitcoin é exclusivamente digital, portanto, não existem unidades físicas.
O seu protocolo está disponível de forma open source, qualquer pessoa pode visualizar, modificar o código e propor alterações, no entanto, é necessário que a maior parte da rede concorde com a alteração, se não ela é descartada.
Bitcoin foi o primeiro dinheiro eletrônico em que é impossível que alguém detenha controle dele (controle entende-se por quem controla a moeda, a autoridade central, por exemplo, que no caso do real é o Banco Central e do dólar é o FED, Federal Reserve Bank).
Foi idealizado por Satoshi Nakamoto, que em 2008 publicou o seu white paper explicando como deveria funcionar a moeda e a rede Bitcoin e em 2009 começou a “funcionar” de fato.
Satoshi Nakamoto é uma pessoa desconhecida, há entusiastas que cogitam a possibilidade de que Satoshi Nakamoto não seja uma pessoa e sim um grupo de pessoas. No entanto, Satoshi sumiu após um tempo que o bitcoin começou a funcionar e seu paradeiro é desconhecido até hoje.
Desde 2008 até 2011, Satoshi Nakamoto trocou mensagens com vários usuários na internet discutindo a importância do Bitcoin. Vários tópicos sobre economia foram discutidos e Nakamoto acreditava que o futuro do dinheiro deveria ser livre de instituições financeiras que têm seus interesses à frente de qualquer outra coisa.
No modelo de pagamentos mais comum utilizado atualmente, precisamos de um banco ou alguma entidade fazendo o intermédio da negociação, ou seja, caso eu queira comprar um produto de uma loja via PIX, eu preciso acessar o app do meu banco, enviar a quantia necessária para o banco da loja, o banco da loja irá confirmar que o pagamento foi recebido e só então a transação será finalizada. Já com o Bitcoin, eu precisaria somente saber o endereço da carteira da pessoa e enviar a quantia via internet que então a própria rede do Bitcoin irá fazer a confirmação da transação.
Devido à rede do bitcoin ser descentralizada e ponto a ponto, posso enviar bitcoins independentemente da distância. Uma transação de uma pessoa do Brasil até uma outra que está na China iria demorar apenas alguns minutos para ocorrer, seria paga uma pequena taxa e não seria necessário uma conta em um banco daquele país, por exemplo.
No Bitcoin, não há um servidor central que controla as transações e que possa ser “derrubado” e impossibilitar que ocorra alguma transação naquele momento. Cada nó da rede do Bitcoin roda esse programa que processa as transações, tornando o sistema disponível 24h por dia e 7 dias por semana.
No protocolo do Bitcoin está determinado quantas unidades irão existir, é uma escassez programada, sendo um máximo de 21 milhões de unidades. Ninguém sozinho consegue alterar a quantidade máxima de bitcoins que irão existir, pois caso uma pessoa modifique isso no código, os outros nós da rede não irão aceitar essa alteração e ela será descartada.
Há duas formas de conseguirmos BTC, uma é através da compra, comprando bitcoin de uma corretora ou então diretamente de uma pessoa ou então através da mineração. De forma resumida, minerar é encontrar uma solução de um problema matemático contido no bloco do Bitcoin, que é descobrir um número inteiro de 4 bytes, conhecido como “nonce”, que irá resolver a uma desigualdade expressa em função.
Outra vantagem do Bitcoin é o fato de não ser necessário uma análise de crédito ou qualquer tipo de solicitação, igual precisamos fazer ao abrir conta em um banco.
Levantados todos esses pontos, pudemos entender o que é o Bitcoin, de forma rápida ver como ele funciona e como se difere das moedas fiduciárias. Dá para ver que ele torna mais democrático o serviço de transações, é uma moeda deflacionária e nos torna livres das instituições financeiras.